O acordo assinado, inicialmente, tem a duração de 7 anos e terá o Google Cloud como provedor na nuvem.
O foco principal da parceria é o suporte e a infraestrutura digital que o Google dará à Globo para que a emissora possa desenvolver novas oportunidades de negócios e a criação de produtos digitais Google e Globo.
Entre os principais serviços que a Google prestará estão:
- Gerenciamento de Dados
- Inteligência Artificial
- Machine Learning
- Infraestrutura Global (de forma escalável e com toda a segurança)
A Globo vinha se aprimorando em sua capacitação digital, tanto que nos último anos assistimos grandes mudanças na sua entrega direct-to-consumer.
Em sua busca para ser uma mediatech, a Globo tem investido muito em qualidade, na sua capacidade produtiva e no acesso aos usuários.
E isso é muito importante, pois a emissora, em seus canais diretos, fala com mais de 100 milhões de pessoas todos os dias no Brasil. Sua rede de afiliadas permite que ela chegue em todos os estados brasileiros.
Além disso, a emissora é notória em produzir conteúdos de qualidade, de expertise tecnológica, com distribuição em várias plataformas (canal de TV aberta, 26 canais de TV por assinatura, streaming, produtos digitais de jornalismo, esporte e entretenimento Gshow, entre outras).
As possibilidades que uma parceria em produtos digitais Google e Globo pode trazer infindável.
Produção na nuvem
Um dos grandes desafios: a migração de etapas relevantes dos processos de produção e distribuição do conteúdo da Globo para a nuvem do Google, incluindo boa parte de seu acervo atual.
Esse procedimento é fundamental para que haja uma plataforma tecnológica da emissora bem otimizada e segura.
Após muitos estudos, a Globo concordou que o Google Cloud é a melhor solução para o auxílio no processo de inovação, ganhos de escala e de eficiência operacionais, relata Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo.
E como a Google vê o processo?
“Nossa parceria estratégica com a Globo dará vida às inovações, tornando a Globo uma verdadeira empresa de tecnologia de mídia“, afirma Robert Enslin, presidente do Google Cloud.
“Queremos promover uma evolução digital da indústria de mídia e entretenimento. Juntos, a Globo e o Google Cloud se concentrarão no desenvolvimento e fornecimento de experiências de primeira classe aos usuários”, complementa.
O principal recurso será o Google Cloud que tem uma infraestrutura de ponta, plataformas e soluções da indústria. Com toda certeza haverá ganho de eficiência, economia e uma completa adaptação às tecnologias do futuro.
Cada parte terá responsabilidades
O provedor Google Cloud se concentrará nas tecnologias de IA, ML e análise de dados para a transformação digital da Globo, visando modernização das operações e garantir segurança completa dos dados.
A encargo da emissora brasileira ficará:
• Migrar 100% dos seus dados à nuvem do Google (inclusive Globoplay, G1, Gshow entre outros), habilitando escala na produção e distribuição de mídia, lançamento de novos canais, entre outras iniciativas
• Otimizar, modernizar e unificar suas plataformas por meio de uma arquitetura tecnológica baseada na nuvem
• Otimizar as recomendações personalizadas em tempo real ao seu público, que será feito após aprimorar sua estratégia baseada em dados
Treinamento de pessoal
A implementação de IA no desenvolvimento de soluções irá incrementar treinamentos específicos para as equipes globais visando que tenham conhecimento avançado sobre machine learning, tema carente ainda entre as equipes.
As empresas também terão novas dinâmicas de trabaho com o objetivo de criar soluções para as novas demandas dos consumidores e a todas as oportunidades que o mercado ofertar.
Produtos Digitais Google e Globo
O primeiro projeto, já em andamento, é a integração customizada do Globoplay com Android TV.
Esse projeto tem um objetivo claro: combinar a programação da TV aberta (sinal digital, broadcast) com a TV via internet (broadband), resultando em novas formas de interação com o público, sobretudo os telespectadores de canal aberto da TV Globo, com sinal digital padrão.
Uma navegação mais fluida e complementar entre o digital e linear, com novas possibilidades de hipersegmentação da oferta de conteúdo é uma das metas.
Reduzir cada vez mais a distância entre ver uma reportagem pela TV ou na internet: os executivos declaram que essa diferença está ultrapassada.
“Está sendo construída uma superestrada, que integra a oferta de conteúdo pela TV aberta e a oferta de conteúdo do Globoplay pela internet construindo uma experiência de consumo única”, explicou o diretor de Estratégia e Tecnologia da Globo, Raymundo Barros.
Se a gente pensar que aquele caminhão com equipamentos que era necessários para a transmissão de eventos agora cabe dentro de uma caixa, que equipamentos pesados e complicadíssimos operados a distância não serão mais necessários, que uma tela do computador que comandará tudo e à distância.
Lucio Mauro Filho, ator e diretor global conta: “Assim como os nossos pais foram pioneiros na ida do rádio para a TV, os filhos estão aqui, indo da TV para a televisão remota, para a televisão feita dentro de casa.