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Inteligência Artificial e Desastres Naturais

De forma cíclica, todos os anos, entramos no Brasil em estações e épocas do ano em que são mais comuns as chuvas mais fortes,  que trazem prejuízos às cidades e às populações.

Essas tempestades de verão costumam deixar em alerta os órgãos públicos que têm que manter a segurança e ordem nas cidades com auxílio de Defesas Civis, Corpos de Bombeiros e Polícia Militar.

Deslizamentos, enchentes e inundações avançam em ruas e casas, o transporte público fica inviável, assim como caminhar nas vias públicas alagadas, o sistemas de fornecimento de luz e energia entram em colapso, hospitais ficam lotados e os órgãos de segurança e apoio recebem incessantes contatos pedindo socorro ou orientação. 

Do lado oposto, a falta de chuvas também pode causar danos similares aos sistemas públicos, como no caso de abastecimento de água e necessidade de apoios de saúde aconselhamentos, e ao dia a dia da população, quando no caso de secas extremas e incêndios florestais, por exemplo.

A população se desespera

No caso de eventos típicos do verão chuvoso de diversas regiões brasileiras, mas que podem ocorrer a qualquer momento, e causam desespero nas populações, pense nas comunidades que têm suas residências e estabelecimentos comerciais em morros e locais íngremes.

Essa população precisa agir rapidamente ao soar os alarmes para evacuação por risco de deslizamento e por vezes passam dias sem energia e com o saneamento danificado, uma vez que as companhias responsáveis não conseguem dar previsões certas de religamento das redes devido ao caos em toda a cidade.

Inteligência artificial e desastres naturais

A resposta muitas vezes pode ser encontrada com base em análises históricas dos fenômenos na região: como acontecem? Quais as áreas de maior risco? Onde populações e seus bens são mais ameaçados? Qual o limiar crítico para a ocorrência de um desastre? Quais locais apresentam drenagem de água de forma mais lenta? O que é feito atualmente? Como estão as condições físicas e manutenção desses locais?

Tudo isso é planejar, organizar e fazer um excelente e rápido plano de ação.

Mas não se pode deixar esse plano de ação no papel ou nos pendrives e arquivos! 

É necessário repassar dados e procedimentos que funcionam aos que atuarão nos resgates e apoios, além de realizar constantes treinos e simulações para validar os planos de contingência. 

O tempo na hora da emergência é fundamental e pessoas aptas a decidir com agilidade proporcionam ações com muito mais chance de sucesso.

Planos de ação isolados não são opção inteligente. Num momento de acidente, não adianta que cada entidade tenha seu plano de ação independente e desconhecido por outras agências.

É importante que cada setor tenha um plano de conhecimento de todos os seus colaboradores, mas este procedimento deve ser integrado com outras entidades como fornecedores de energia, grupos de resgate e salvamento, prefeituras, hospitais, centros de dados, defesa civil etc.

É fundamental que também haja integração entre os planos de ação das entidades envolvidas.

Hospitais e lares de idosos precisam de soluções alternativas  e reparação rápida para o caso de falta de energia, pensadas com auxílio de empresas fornecedoras de energia.

Grupos de resgate devem ser informados para onde delegar cada pessoa machucada, de acordo com sua condição, de modo a evitar superlotação de hospitais e enviar os pacientes ao local especializado na sua necessidade.

Os moradores de regiões afetadas precisam ser deslocados para locais seguros e esses locais devem ser definidos com antecedência e informados aos serviços de informação e aconselhamento, além de amplamente divulgado em mídias sociais e outros meios de comunicação.

E onde a inteligência artificial entra?

Em uma emergência, o tempo é fundamental e uma equipe rapidamente a postos e competente, pronta para decidir, pode salvar muitas vidas e minimizar prejuízos.

E como podemos facilitar essa ação? Listamos algumas formas que podemos aliar inteligência artificial e desastres naturais.

Gestão e Otimização Automatizada

Uma solução que inicia a tomar espaço é a gestão e otimização automatizada de equipes.

Quando esses times entram em ação, podemos contar com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial para desastres naturais, visando tomar decisões rapidamente de modo a priorizar as necessidades e avaliar as situações delegando níveis de urgência a cada uma delas.

Com o auxílio de profissionais técnicos e com muito conhecimento conhecimentos como físicos, geólogos, engenheiros, geógrafos, policiais e bombeiros, podem ser definidos parâmetros e limiares para a ação, criando regras claras e definindo responsáveis pela gestão e acompanhamento das ações.

Inteligência Artificial para Gestão de Desastres

Uma ferramenta de inteligência artificial para desastres naturais que fosse de acesso comum a todos os responsáveis pela coordenação de equipes, organizada de maneira eficiente, alimentada com rotinas, tarefas e procedimentos imediatos a serem adotados, que fosse capaz de avaliar a situação de acordo com os dados reais do momento e oferecesse um guia de como proceder, seria de grande ajuda.

Ao invés de partirmos para um achismo ou para atitudes isoladas por cada órgão, eles teriam um sistema que os uniria e que, seguindo parâmetros previamente definidos por todas as instituições, seria essencial na priorização das ações.

É importante dizer que o programa seria mais um apoio à decisão, que a mente humana, sobretudo de especialistas treinados em situações de emergência e resgate são sempre um filtro importante e devem confirmar as ações sugeridas.

O que o a inteligência artificial poderia apresentar como resposta?

Um sistema de inteligência artificial para desastres naturais poderia ajudar as equipes em:

  • Avaliar os profissionais a serem convocados, baseado nas necessidades da situação, especialização dos agentes e localização;
  • Listar ações emergenciais, check-lists e entidades responsáveis;
  • Listar contatos importantes;
  • Fornecer previsões de eventos e cenários, além de estimar danos e locais de maior atenção;
  • Padronizar procedimentos;
  • Auxílio na redução de efeito cascata;
  • Análises probabilísticas de risco;
  • Coordenar o momento e local do início de trabalho de equipes;
  • Informar quais serviços devem imediatamente serem iniciados e quais outras ações são dependentes desses serviços para serem inicializadas;
  • Listar onde se encontram as equipes mais próximas de socorro;
  • Enviar alertas para a preparação de hospitais e locais de abrigo de emergência:
  • Listar os especialistas em stand by e os que podem ajudar em momentos próximos;
  • E muitas outras funções. O céu é o limite.

Entretanto, é fundamental que esse sistema esteja sendo alimentado constantemente com informações atualizadas e corrigidas. Sistemas desatualizados, não ajudam, atrapalham.

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