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Inteligência Artificial nas Olimpíadas

Em 2021, o uso de inteligência artificial nas Olimpíadas teve um destaque nunca antes experienciado!

As tecnologias de inteligência artificial nas Olimpíadas de Tokio 2020 são as mais variadas: veículos autônomos, análise de dados, reconhecimento facial e ferramentas para contornar os desafios do COVID-19 são alguns dos exemplos.

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Confira abaixo os principais usos de inteligência artificial nas Olimpíadas:

1. Inteligência Artificial e Marcadores Biológicos

Orreco é uma empresa irlandesa especialista em performance esportiva. Utilizando marcadores biológicos, incluindo dados, por exemplo, de análises sanguíneas e de ciclo menstrual, sua ferramenta de inteligência artificial acompanhou a preparação de mais de 100 atletas das Olimpíadas de Tokio em mais 10 modalidades. Além dos atletas olímpicos, a empresa trabalhou com a NFL, NBA e pilotos de F1.

O objetivo do uso dessa ferramenta de inteligência artificial nas Olimpíadas é maximizar a performance do atleta, reduzir o risco de lesões e acelerar tempo de recuperação. Orreco trabalha em conjunto com os atletas, de forma pessoal e personalizada, utilizando ciência dos esportes e ciência de dados para desenvolver estratégias de treino únicas para cada atleta.

O que diferencia a empresa é um banco de dados de biomarcadores sendo analisado por quase 20 anos. Os cientistas trabalharam com mais de 2000 atletas de elite e publicaram mais de 300 artigos. Esse banco de dados global exclusivo de atletas de diferentes esportes alimentam o modelo de inteligência artificial da empresa, que combina combinar a análise de biomarcadores sanguíneos com tecnologia de ciência de dados de ponta e dados contextuais. Entre os dados utilizados, estão os biomarcadores, dados de GPS, dados de bem-estar, dados de sono, dados de viagens e muito mais.

Orreco também se tornou um líder mundial na prestação de serviços de consultoria para atletas femininas com foco no desenvolvimento de pesquisa e educação, e na promoção da fisiologia feminina. A empresa apoia a pesquisa científica e patrocina estudos em diversos países para estudar temas como a influência do ciclo menstrual na performance física e mental de atletas, como a cultura e sociologia podem impactar a implementação tecnológica de soluções baseadas no ciclo menstrual, e psicologia e saúde mental de atletas.

A jogadora de vôlei americana Klineman, utilizou o aplicativo de ciclos menstrual com tecnologia da Orreco e comprova: “Os hormônios desempenham um grande papel tanto na vida cotidiana quanto em relação ao meu treinamento e carreira de voleibol. Trabalhar com o programa de atletas femininas de Orreco ajudou a otimizar minha saúde hormonal e navegar pelas mudanças que acontecem durante um ciclo menstrual para que eu possa otimizar meu desempenho atlético.”

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2. Reconhecimento Facial nas Olimpíadas

Computadores que comparam o rosto dos atletas com a foto cadastrada estão sendo usados para garantir a segurança do torneio, reforçada pela tecnologia de reconhecimento facial em tempo real em locais onde o espaço disponível é muito limitado para acomodar verificações manuais de identidade e as filas que esses procedimentos costumam criar. O sistema não substituirá completamente as verificações físicas mas deve trazer maior velocidade e precisão do que uma equipe humana poderia alcançar na mesma atividade.

Mais de 40 locais, incluindo o estádio principal e a Vila Olímpica, são cobertos pelo sistema, que é projetado para garantir que mais de 300.000 atletas, funcionários, mídia e voluntários credenciados possam ser rapidamente verificados e admitidos. Os organizadores também estão preocupados com as implicações de ter pessoas muito tempo em filas no calor do verão.

As instalações esportivas para as Olimpíadas de Tóquio estão espalhadas por toda a cidade, então os atletas devem ser capazes de viajar livremente entre esses locais e se autenticar em cada um, reduzindo problemas de atrasos no deslocamento.

O reconhecimento facial tem outra vantagem distinta sobre outras formas de identificação biométrica (como reconhecimento de impressão digital) porque é sem contato, duplamente importante para o Comitê Organizador de Tóquio 2020 este ano porque reduz a chance de infecção por coronavírus causada pelo toque em superfícies compartilhadas.

O sistema foi testado anteriormente nos jogos de 2016 no Rio de Janeiro e é baseado na tecnologia NeoFace Watch desenvolvida pela japonesa NEC. O NeoFace Watch usa o método de detecção de rosto de correspondência generalizada, dentro do qual está um modelo de rede neural artificial que pesquisa e seleciona características faciais para fins de correspondência.

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3. Profissionais da mídia mais seguros contra COVID-19

A empresa Alibaba lançou o o Alibaba Cloud Pin, um pin digital baseado em nuvem para profissionais de mídia nas Olimpíadas de Tóquio. Os usuários podem trocar atualizações de atividades diárias, fazer contatos, compartilhar informações e muito mais, enquanto mantém o distanciamento social de forma segura.

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4. Inteligência Artificial nas Olimpíadas para a prevenção de insolação

Os riscos de insolação no verão de Tokio, umas das Olimpíadas mais quentes já registradas, serão controlados para o bem estar de atletas e staff, especialmente em locais ao ar livre.

Além de medidas convencionais como spray de água e ventiladores de névoa, os organizadores estão inteligência artificial nas Olimpíadas, através de um sistema baseado em nuvem da Alibaba Group para monitorar as condições em tempo real dos trabalhadores e enviar avisos e conselhos sobre sinais de perigo.

Já nos Jogos de Tokio, um arqueiro russo desmaiou com o calor e skatistas reclamaram que as condições eram extremas às 9h, com máximas acima de 30ºC. Para evitar a insolação, a equipe em 14 locais está usando um fone de ouvido preto que envia medições de frequência cardíaca e temperatura corporal para a nuvem, onde os riscos de insolação são avaliados por um algoritmo que combina dados individuais e fatores ambientais. O sistema envia alertas para pessoas com alto risco de insolação por meio de um aplicativo, com os cuidados recomendados, como descansar e beber mais água.

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5. Publicidade Contextual com Inteligência Artificial nas Olimpíadas

A publicidade contextual visa apresentar um anúncio no momento exato em que o consumidor manifesta o interesse em adquirir um determinado produto ou serviço. De acordo com a Seedtag, líder da área, as Olimpíadas são assistidas por 74% da população adulta mundial, e a procura por eventos esportivos aumentou durante a pandemia. Um serviço muito utilizado durante esse tipo de transmissão na pandemia é de delivery, e, de acordo com a Seedtag, 76% dos espectadores pedem comida em quase todo jogo. Além disso, as compras de produtos por causa de eventos esportivos também é significativa.

A Seedtag desenvolveu recursos de visão computacional para detectar esportes e ajudar os anunciantes a aproveitar o poder da mídia visual durante os Jogos de Tóquio 2020. A tecnologia oferece o mais alto nível de segurança para a marca e melhor desempenho sem o uso de dados pessoais, permitindo que as marcas forneçam publicidade eficaz e que respeite a privacidade. Ao mesmo tempo, a inteligência ajuda a evitar associações negativas com o público.

A visão computacional é o campo do aprendizado de máquina que reproduz parcialmente a complexidade do sistema de visão humana. Isso permite que os computadores identifiquem e processem objetos em imagens da mesma forma que os humanos fazem. Usando sua tecnologia de reconhecimento de imagem, a Seedtag pode entregar campanhas publicitárias altamente visíveis para mais de 500 milhões de usuários. Um dos fatores que impulsionam o desenvolvimento da visão computacional do Seedtag é que ela foi projetada para ser altamente escalável, permitindo que milhões de classificações sejam processadas diariamente.

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6. Veículo Autônomo

O e-Palette da Toyota é um veículo sem motorista é voltado a aprimorar aplicativos práticos de MaaS (mobilidade como serviço) em um futuro próximo. Uma de suas primeiras experiências no mundo real é nas Olimpíadas de Tokio. Cabe à Toyota fornecer cerca de 3.700 produtos e veículos de mobilidade, 90% dos quais serão eletrificados. incluindo aproximadamente 20 veículos e-Palette.

A empresa diz que cada e-Palette nas Olimpíadas e Paraolimpíadas pode transportar até 20 pessoas ou 4 cadeiras de rodas, embora os requisitos de distanciamento social provavelmente exijam que esse número seja reduzido pela metade. Alimentado por baterias recarregáveis ​​de íon de lítio, cada veículo tem uma distância de cruzeiro de cerca de 90 milhas e uma velocidade de cruzeiro de até 20 mph.

Mas provavelmente o mais significativo é que o e-Palette empregará capacidade de direção autônoma de Nível 4, embora por razões de segurança, cada veículo terá um operador a bordo para “monitorar” a direção automatizada e atender às necessidades dos passageiros.

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O que mais está por vir?

Um estudo da PwC realizado em 2019 já imaginava aplicações de inteligência artificial nas Olimpíadas e no esporte em geral. A análise dividiu 4 áreas de atuação principal: identificação e seleção de talentos, preparação pré jogo, atividade no jogo, análise pós jogo.

Em cada etapa, podem ser utilizadas diferentes técnicas de inteligência artificial com ajuda de sensores, machine e deep learning, equipamentos de jogo e acessórios que os atletas podem usar para medir diversos parâmetros.




Além disso, a inteligência artificial também tem papel na parte operacional e de gestão e na experiência dos fãs e da mídia.

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